sábado, 1 de junho de 2013

UFC aumenta nível de tolerância para maconha; mudança vale no Brasil

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O UFC seguiu o caminho recentemente apontado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e decidiu aumentar o nível de tolerância para metabólicos de maconha nos testes pré e pós-luta, de 50 ng/mL (nanogramas por mililetro) para 150 ng/mL. A nova regra vai valer para eventos internacionais onde o próprio UFC atua como órgão regulador, mas também será adotada pela Comissão Atlética Brasileira (CAB) já a partir do evento do próximo sábado, o TUF Brasil 2 Finale, em Fortaleza. 
 
A notícia foi veiculada pelo site "MMA Junkie" e confirmada ao COMBATE.COM por membros da CAB neste sábado. O vice-presidente de assuntos regulatórios do UFC, Marc Ratner, revelou a decisão durante uma reunião com o Painel Consultivo para Testes de Drogas e Esteroides da Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC), na sexta-feira, em Las Vegas.

- Quando nos autorregularmos ao redor do mundo, vamos usar o padrão da Wada de 150, e estamos iniciando isso imediatamente - afirmou Ratner.

O objetivo da mudança é mirar atletas que estejam competindo diretamente sobre a influência de maconha, em vez de pegar lutadores que tenham usado a droga nos dias ou semanas que antecedem a luta e ainda têm quantidades ínfimas dos metabólicos no seu sistema. A Wada recentemente adotou o mesmo nível de tolerância, sob a sugestão de que a mudança ajudará a pegar atletas que usarem a substância durante a competição, em vez de atletas que usem maconha fora de competição, quando a droga não é considerada uma substância proibida.

Nada disso significa, porém, que usuários de maconha devam "relaxar" e cortar o uso da droga apenas poucos dias antes de suas lutas. A quantidade de metabólicos de maconha presentes no organismo depende do metabolismo de cada pessoa, e traços da substância podem ser detectados em exames de urina até 90 dias depois do último uso.

Desde 2012, o UFC vem lidando com uma série de atletas pegos em exames antidoping por uso de maconha: Nick Diaz, Dave Herman, Matt Riddle (duas vezes), Thiago Silva, Robbie Peralta, Alex Caceres e Pat Healy estão entre os afetados. A maioria deles afirmou ter consumido a substância pela última vez mais de uma semana antes de suas lutas. Sob o novo nível de tolerância, muitos deles não teriam sido flagrados.

A NSAC, principal comissão atlética dos EUA, também discutiu adotar a nova política. No estado de Nevada, o uso terapêutico de maconha sob receita médica é permitido por lei, e o governo considera legalizar dispensários no estado para a venda da substância aos pacientes. A maconha medicinal já é permitida em 18 estados americanos, incluindo dois, Colorado e Washington, que também legalizaram o uso recreativo da droga no ano passado.

A comissão atlética também discutiu potenciais revisões de sua política para drogas de melhora de performance, incluindo reduzir o nível aceitável da taxa testosterona/epitestosterona de 6/1 para 4/1, a adição de testes para Gonadotrofina coriônica humana (hCG), requisição do módulo hematológico do passaporte biológico e de exames fora de competição tanto de sangue quanto de urina.

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